Dinamização mental

"Quando o teu conhecimento se libertar de qualquer ilusão, então compreenderás a verdade daquilo que ouviste e ainda ouvirás, e te possuirás a ti mesmo imperturbavelmente. Anuviu-se a tua mente e dúvidas se apoderaram de ti; quando deste ouvidos a opiniões contraditórias; quando ela se tornar pura, iluminada e firmemente estabalecida no EU, então atingirás a tua auto realização. Quando alguém permanece calmo e sereno no meio de sofrimentos, quando não espera receber do mundo objetivo permanete felicidade e quando é livre de apego, medo e ódio - então é ele um homem de perfeita sabedoria. Quando não é apegado a um e indiferente a outro; enquanto não se alegra em excesso com o que é agradável, nem se entristece excessivamente com o que é desagradável - então é ele um homem de perfeita sabedoria. Portanto o sábio não se entristece com nada, nem por causa dos mortos, nem por causa dos vivos. Quando os sentidos estão identificados com objetos sensórios, experimentam sensações de calor e de frio, de prazer e de sofrimento - estas coisas vêm e vão; são temporárias por sua própria natureza. Suporta-as com paciência! Mas quem permanece sereno e impertubável no meio de prazer e sofrimento, somente esse é que atinge imortalidade. O que é irreal (ex: amor) não existe, e o que é real nunca deixa de existir. Os videntes da Verdade compreendem a íntima natureza tanto disto como daquilo, q diferença entre o Ser e o parecer. A essencia não pode parecer, nem morre ainda que as formas pareçam. Quem pensa sempre em objetos sensórios apega-se a eles. Desse apego nasce o prazer e o prazer gera inquietação. A inquietação produz ilusão; a ilusão destrói a nitidez da discriminação, esquece-se o homem da sua natureza espiritual - e com isto vai rumo ao abismo. Mas o homem que possui domínio sobre o mundo dos sentidos e da mente, sem odiar nada nem se apegar a nada, orientado pelo Eu central, esse encontra a paz. Essa paz neutraliza todas as inquietações, e o homem que goza de paz, goza verdadeira beatitude - e acaba por superar também os males externos. Homem de perfeita sabedoria é aquele que possui perfeito domínio sobre seus sentidos com relação aos objetos sensórios. "

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tem japones no Cerrado

Por Mariana Lourenço
Uma agência do governo do Japão vai ajudar na implantação de mais um corredor ecológico no Brasil. A iniciativa ajudará na preservação de áreas importantes como, por exemplo, a Chapada dos Veadeiros.
Localizado na região Central do Brasil, o cerrado é um tipo de Savana que cobre 22% do país. As cabeceiras de alguns dos maiores rios Sul-Americanos como: São Francisco, Tocantins, Araguaia, Xingu e Tapajós estão localizadas sob o topo dos Planaltos desse Bioma. Apesar de não ser reconhecido pela Constituição como Patrimônio Nacional o Cerrado tem cerca de 200 milhões de hectares, é a savana mais rica em quantidade de espécies do mundo e — por conta do descaso com que vem sendo tratada — está entre as 25 áreas do planeta com seus ecossistemas ameaçados de ser destruído. Porém o cerrado pouco a pouco começa a conquistar a atenção. Três técnicos da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica), do governo japonês, participaram em Brasília de um encontro com pesquisadores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para definir a implantação do quinto corredor ecológico do cerrado no Brasil, uma importante iniciativa para a sua preservação. Em todo país, existem 14 corredores para proteção dos principais ecossistemas nacionais. O corredor ecológico é uma espécie de linha imaginária, criada em torno de regiões ameaçadas pelo homem, com regras específicas de gestão. Nesses locais, há critérios para a ocupação, que proíbem desmatamentos e a destruição de mananciais. Onde existem cidades, a população participa da preservação, através de programas de educação ambiental. Este é o primeiro projeto de cooperação técnica da Jica voltado exclusivamente para a preservação do cerrado. A agência japonesa entrará com US$ 250 mil dólares e o Governo brasileiro com R$ 250 mil necessários ao custeio do projeto. O trabalho dos japoneses no Brasil terá dois anos de duração. A escolha da localização do novo corredor, que ainda depende de estudos mais detalhados, será feita entre duas "hot spots" (ou seja, áreas críticas de risco): o Vale do Paranã, que inclui o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, num total de 2 milhões de hectares em Goiás, e o Jalapão, que abrange 3 milhões de hectares entre os estados de Tocantins, Piauí e Bahia. Ambos estão igualmente conservados, mas muito ameaçados pela agricultura e desertificação. Em 2009 uma área de 2,9 milhões de hectares em Goiás, onde fica o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, foi reconhecida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) como Reserva da Biosfera do Cerrado. Até então esse título era exclusividade de 300 mil hectares no Distrito Federal. Além desses, existem outros corredores no cerrado: Araguaia/Bananal (10 milhões de hectares), Cerrado/Pantanal (1 milhão de hectares) e Itenez/Guaporé (20 milhões de hectares entre Brasil e Bolívia, sendo que apenas a parte sul é cerrado. O resto é floresta amazônica). O Itenez/Guaporé foi o primeiro corredor a ser criado em 1997. Só o corredor Cerrado/Pantanal tem a participação estrangeira da Conservation International (CI), entidade dedicada à conservação da biodiversidade. Existe ainda um minicorredor chamado Ecomuseu do Cerrado, perto de Brasília, com 400 mil hectares. Para o coordenador de Conservação de Ecossistemas do Ibama, biólogo Moacir Arruda, a participação da Jica no projeto será muito importante. ‘‘De todo o Brasil, foram apresentadas cerca de 200 propostas, mas a escolhida por eles foi a do cerrado’’ ressalta. A agência japonesa hoje mantém parcerias em mais de 50 países. ‘‘O governo japonês está muito preocupado com a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida’’, explica o engenheiro florestal Mitsuru Watanabe, 34 anos, um dos peritos da Jica que vai acompanhar a implantação do corredor do cerrado, nos próximos dois anos.

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