Dinamização mental

"Quando o teu conhecimento se libertar de qualquer ilusão, então compreenderás a verdade daquilo que ouviste e ainda ouvirás, e te possuirás a ti mesmo imperturbavelmente. Anuviu-se a tua mente e dúvidas se apoderaram de ti; quando deste ouvidos a opiniões contraditórias; quando ela se tornar pura, iluminada e firmemente estabalecida no EU, então atingirás a tua auto realização. Quando alguém permanece calmo e sereno no meio de sofrimentos, quando não espera receber do mundo objetivo permanete felicidade e quando é livre de apego, medo e ódio - então é ele um homem de perfeita sabedoria. Quando não é apegado a um e indiferente a outro; enquanto não se alegra em excesso com o que é agradável, nem se entristece excessivamente com o que é desagradável - então é ele um homem de perfeita sabedoria. Portanto o sábio não se entristece com nada, nem por causa dos mortos, nem por causa dos vivos. Quando os sentidos estão identificados com objetos sensórios, experimentam sensações de calor e de frio, de prazer e de sofrimento - estas coisas vêm e vão; são temporárias por sua própria natureza. Suporta-as com paciência! Mas quem permanece sereno e impertubável no meio de prazer e sofrimento, somente esse é que atinge imortalidade. O que é irreal (ex: amor) não existe, e o que é real nunca deixa de existir. Os videntes da Verdade compreendem a íntima natureza tanto disto como daquilo, q diferença entre o Ser e o parecer. A essencia não pode parecer, nem morre ainda que as formas pareçam. Quem pensa sempre em objetos sensórios apega-se a eles. Desse apego nasce o prazer e o prazer gera inquietação. A inquietação produz ilusão; a ilusão destrói a nitidez da discriminação, esquece-se o homem da sua natureza espiritual - e com isto vai rumo ao abismo. Mas o homem que possui domínio sobre o mundo dos sentidos e da mente, sem odiar nada nem se apegar a nada, orientado pelo Eu central, esse encontra a paz. Essa paz neutraliza todas as inquietações, e o homem que goza de paz, goza verdadeira beatitude - e acaba por superar também os males externos. Homem de perfeita sabedoria é aquele que possui perfeito domínio sobre seus sentidos com relação aos objetos sensórios. "

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Entidades do jornalismo defendem diploma e novas diretrizes curriculares

Foto: Gerson Martins

Por: Paulo Roberto Botão

O 9º Pré-Forum Fenaj, realizado nesta quarta-feira (21), no Hotel Atlante Plaza, em Recife, teve como tônicas da defesa da proposta de novas diretrizes curriculares para o ensino do jornalismo e da retomada da exigência do diploma de graduação específico para o exercício da profissão. A atividade integra a programação do 13° Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, organizado pelo FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo).

Integraram a mesa de debates os presidentes do FNPJ, Edson Spenthof, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), Carlos Franciscato, e da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, com a mediação do jornalista Ricardo Melo, professor da Unicap, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Pernambuco e diretor do FNPJ.

Spenthof defendeu a proposta de diretrizes curriculares em tramitação no CNE (Conselho Nacional de Comunicação), classificada como “um alento” em um ano marcado por perdas para o jornalismo, como a revogação da Lei de Imprensa e da obrigatoriedade do diploma, nos dois casos em decisões do STF. Em sua opinião, a proposta tem como principal mérito o de fortalecer a especificidade do ensino de jornalismo, condição importante inclusive para permitir que dialogue de forma autônoma com as demais áreas da comunicação.

O presidente do FNPJ criticou a decisão do STF sobre o diploma. Ressaltou que a corte demonstrou desconhecimento da profissão e de conceitos básicos da comunicação. “A liberdade de expressão foi confundida com o exercício da profissão, com prejuízo da liberdade de expressão”, disse.

A defesa da proposta de novas diretrizes curriculares para o ensino de jornalismo, elaborada no ano passado sob a liderança do professor José Marques de Melo, foi o principal ponto da fala do jornalista Carlos Franciscato, da SBPJor, que criticou pontualmente a maioria dos argumentos que vem sendo levantados ao documento. Em sua opinião, o documento garante um avanço enorme à pesquisa e ao ensino de jornalismo, ao garantir a constituição de um curso específico.

Golpe

O tema também foi tratado pelo presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, que criticou pessoas e organizações que estão se posicionando contra o documento, e que não apresentaram contribuições quando da sua elaboração, apesar de ter havido um processo amplo e participativo. “Não participaram e agora atuam para boicotar o processo. Isto é golpe”, enfatizou.


Andrade também defendeu a implantação imediata das decisões da 1ª. Conferência Nacional de Comunicação, entre as quais a nomeação do Conselho Nacional de Comunicação e o início dos debates sobre o um novo marco regulatório para a comunicação no país, que substitua a revogada Lei de Imprensa. “Precisamos de normas específicas para regular o funcionamento da mídia no Brasil”, disse.


O jornalista foi também enfático na crítica à decisão do STF sobre o diploma de jornalismo. “O critério para ser jornalista hoje é estar vivo”, ironizou. Mostrou, por outro lado, otimismo em relação às várias alternativas de luta para reverter a decisão, entre as quais destacou as propostas de emenda à Constituição apresentadas na Câmara dos Deputados e Senado. Em sua opinião existe um clima favorável no Congresso, mas é preciso que as escolas de jornalismo, os estudantes e as entidades do setor mantenham a mobilização e o debate com a sociedade sobre a importância da profissão.


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