Dinamização mental

"Quando o teu conhecimento se libertar de qualquer ilusão, então compreenderás a verdade daquilo que ouviste e ainda ouvirás, e te possuirás a ti mesmo imperturbavelmente. Anuviu-se a tua mente e dúvidas se apoderaram de ti; quando deste ouvidos a opiniões contraditórias; quando ela se tornar pura, iluminada e firmemente estabalecida no EU, então atingirás a tua auto realização. Quando alguém permanece calmo e sereno no meio de sofrimentos, quando não espera receber do mundo objetivo permanete felicidade e quando é livre de apego, medo e ódio - então é ele um homem de perfeita sabedoria. Quando não é apegado a um e indiferente a outro; enquanto não se alegra em excesso com o que é agradável, nem se entristece excessivamente com o que é desagradável - então é ele um homem de perfeita sabedoria. Portanto o sábio não se entristece com nada, nem por causa dos mortos, nem por causa dos vivos. Quando os sentidos estão identificados com objetos sensórios, experimentam sensações de calor e de frio, de prazer e de sofrimento - estas coisas vêm e vão; são temporárias por sua própria natureza. Suporta-as com paciência! Mas quem permanece sereno e impertubável no meio de prazer e sofrimento, somente esse é que atinge imortalidade. O que é irreal (ex: amor) não existe, e o que é real nunca deixa de existir. Os videntes da Verdade compreendem a íntima natureza tanto disto como daquilo, q diferença entre o Ser e o parecer. A essencia não pode parecer, nem morre ainda que as formas pareçam. Quem pensa sempre em objetos sensórios apega-se a eles. Desse apego nasce o prazer e o prazer gera inquietação. A inquietação produz ilusão; a ilusão destrói a nitidez da discriminação, esquece-se o homem da sua natureza espiritual - e com isto vai rumo ao abismo. Mas o homem que possui domínio sobre o mundo dos sentidos e da mente, sem odiar nada nem se apegar a nada, orientado pelo Eu central, esse encontra a paz. Essa paz neutraliza todas as inquietações, e o homem que goza de paz, goza verdadeira beatitude - e acaba por superar também os males externos. Homem de perfeita sabedoria é aquele que possui perfeito domínio sobre seus sentidos com relação aos objetos sensórios. "

terça-feira, 19 de abril de 2011

Tenista goiana é destaque no cenário internaciona



Além do amor pelo tênis, é preciso ter técnica, raciocínio lógico, precisão, planejamento e acima de tudo, disciplina e dedicação. Juliana Bacelar se encaixa perfeitamente nestas características, é ela uma das promessas do tênis brasileiro

Por: Mari Oliveira

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BOX:
Ficha técnica:
Idade: 18 anos
Altura: 1,64
Peso: 58 quilos
Empunhadura: Destra
Onde nasceu: Goiânia
Onde treina: São Paulo
O que faz nas horas vagas: Assisto filme, leio e saio com as minhas amigas.

Uma frase: “Nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes repetidamente. A excelência não é um feito, portanto um habito”.

Uma boa lembrança: dos torneios Sul Americanos que joguei quase todos os anos e esse ano acabou, porque jogo na categoria profissional agora.

Uma má lembrança: todas as vezes que eu vou embora minha mãe fica chorando no aeroporto.


Com apenas nove meses de idade, esta goiana que atende pelo sobre nome Bacelar na lista das melhores jogadoras da Federação Internacional de Tênis, já apresentava desenvoltura em habilidades esportivas. Quando optou em praticar o tênis, era considerada uma das únicas crianças da idade dela com técnica apurada. “No final do ano de 2001, assistindo a um jogo do Gustavo Kuerten pela televisão com o meu avô, escolhi o tênis como o esporte a que me dedicaria e comecei a praticá-lo no início de 2002” comenta.

Juliana Barbosa Bacelar está entre as dez melhores tenistas do Brasil na categoria adulto. Os dados são do ranking da Confederação Brasileira de Tênis. Além disso, ela é hexa campeã goiana nos anos de 2003 a 2008. Nos últimos oito anos ela tem apresentado excelentes resultados nas competições nacionais e internacionais.

Hoje, a atleta vive uma fase de transição. Após conquistar muitos títulos na categoria juvenil, ela joga agora como profissional. “Já disputei muitos campeonatos. Comecei a jogar o profissional agora. E já como profissional joguei Campos do Jordão, que é um torneio que vale vinte cinco mil dólares e é o mais importante do Brasil”, lembra.

Mas não é preciso apenas talento e afinidade com o esporte para tornar-se uma grande campeã. Juliana treina 40 horas por semana. Além da determinação dentro e fora da quadra, Bacelar é muito disciplinada. Mesmo morando fora de casa há quatro anos ela diz que a maior dificuldade que enfrenta é viajar sozinha. “O tênis é um esporte muito individualista e muito caro, quer dizer, se alguém for me acompanhar os custos das viagens aumentam. Eu fui para Europa ficar dois meses sozinha, foi uma experiência bem dura, porque eu queria alguém comigo e não tinha”, lamenta.

Atualmente a atleta se prepara para disputar alguns campeonatos aqui no Brasil. “Agora estou fazendo uma pré-temporada que é uma base de treinamento para todo ano” ressalta. Apesar de ter experiência dos grandes campeonatos, Juliana sonha em disputar o Gran Slams, que são quatro torneios importantes no calendário do tênis.

Para isso ela quer aperfeiçoar alguns movimentos. “Eu preciso ficar menos defensiva em quadra. Na verdade, eu preciso melhorar o ataque e a defesa, manter um equilíbrio entre os dois para me impor dentro de quadra. Quando eu jogava no juvenil a defesa era uma característica que me diferenciava, mas agora nesta fase profissional eu preciso me impor ainda mais”, avalia a tenista.

A atleta ocupa hoje a posição de numero 1.110 no ranking individual mundial e 702 na dupla. Os bons resultados não a impedem de sonhar, ao contrário, pra este ano ela já tem seu objetivo traçado. “Quero melhorar meu ranking, começar ter pontos para entrar na chave do torneio de 25 mil dólares, porque estou jogando o torneio de 10 mil dólares. Quero para este ano estar entre as 600 melhores do mundo”, conclui.
 Juliana Bacelar Tenista

Juliana Bacelar Tenista


Um pouco de história

O Tênis no Brasil

Há muitas teorias para o surgimento do tênis, mas há um consenso de que a França estabeleceu as bases reais do jogo com o surgimento do "jeu de paume" (jogo da palma), no final do século XII e início do XIII. No tênis primitivo as raquetes não eram empregadas. Os jogadores usavam as mãos nuas e depois optaram por usar luvas. No século XIV, já havia jogadores que usavam um utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como "battoir" e que mais tarde recebeu um cabo e também as cordas trançadas. Era o nascimento da raquete, uma invenção italiana.

Com o tempo, o tênis deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a ser praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o "longue-paume", que permitia a participação de até seis jogadores de cada lado. Mais tarde apareceu o "court-paume", jogo similar, disputado em recinto fechado, mas de técnica mais complexa e exigindo uma superfície menor para sua prática.

Muitos reis da França tinham no "jeu de paume" sua principal diversão, chegando a ponto de o rei Luís XI decretar "que a bola de tênis teria uma fabricação específica: com um couro especialmente escolhido, contendo chumaço de lã comprimida, proibindo o enchimento com areia, giz, cal, cinza, terra ou qualquer espécie de musgo". Para se ter uma idéia do crescimento do esporte na França, o rei Luís XII (1498 a 1515) pediu a um francês de nome Guy Forbert para codificar as primeiras regras e regulamentos e fez construir em Órleans, cidade onde tinha o seu palácio, nada menos que 40 quadras.

Em plena "Guerra dos Cem Anos", o rei Carlos V condenou o "jeu de paume", declarando que "todo jogo que não contribua para o ofício das armas será eliminado". Com tal proibição, lembrando que o jogo era praticado até aos domingos, pode-se deduzir que o novo esporte alcançou uma grande popularidade na França. Com a Revolução Francesa, as Guerras Napoleônicas, o esporte praticamente desapareceu junto com a destruição das quadras. No século XIX, um jogador J. Edmond Barre, que se sagrou campeão da França em 1829 e conservou o título por 33 anos, até 1862.
O poderio econômico britânico no século XIX ganhou o mundo e, certamente, ajudou a difundir o tênis, inclusive no Brasil, onde chegou pelas mãos dos técnicos da Light and Power (energia elétrica) e da São Paulo Railway (estradas de ferro), que iniciaram o processo de urbanização dos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro.

No Brasil, esse registro tem lugar em Niterói, Rio de Janeiro, em 1888. Além dos diplomatas, os pioneiros eram representantes de firmas de navegação e engenheiros que vieram construir nossas ferrovias. O primeiro clube brasileiro que começou a prática foi Club Blitz de Ciclismo, fundado no dia 15 de outubro de 1898, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Já em São Paulo, as primeiras quadras de tênis foram construídas em 1892, no São Paulo Athletic Club, fundado pelos ingleses. Mas o esporte no país só era praticado como lazer e convívio social.

Os primeiros torneios só aconteceram em 1904. O campeonato interclubes envolvendo São Paulo, Tennis Club de Santos e Paulistano. Os torneios "nacionais" eram jogados entre os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, já que o acesso de tenistas de outros estados só era possível através de via fluvial. Em 1913, três tenistas brasileiros promoveriam o primeiro campeonato estadual. Depois de cinco consecutivas conquistas dos ingleses, o Brasil teve seu primeiro campeão do Estado de São Paulo: Maercio Munhoz, do Paulistano, que em 1930 fundaria a Sociedade Harmonia de Tênis.

Nos últimos anos da década de 20, o jogador Nélson Cruz era o principal destaque. Neste período, os clubes Germânia (Pinheiros), Paulistano, São Paulo Athletic, Tietê e Espéria fundaram, em 1924, a Federação Paulista de Tênis, sendo que na década de 30 já tinha um número recorde de 23 clubes filiados.

Cruz com Ricardo Pernambucano foram os primeiros brasileiros a participar da Copa Davis, que surgiu em 1900. A estréia aconteceu em 1932. Depois se destacou Alcides Procópio, que se tornou o primeiro brasileiro a participar do torneio de Wimbledon, na Inglaterra, em 1938. Ele também ganhou o primeiro título oficial de campeão brasileiro de simples, em 1943, derrotando seu principal rival na época, Maneco Fernandes, do Paulistano. No Rio de Janeiro, no começo do século, em 1902, foi fundado o Clube Fluminense e, em 1916, nasceu o Country Club do Rio de Janeiro, que teve como expoentes Ronald Barnes e Jorge Paulo Lemman.

Até o ano de 1955, o tênis brasileiro era membro, juntamente com o futebol, basquete, vôlei, esgrima, vela etc, da Confederação Brasileira de Desporto (CBD), sendo o futebol o carro-chefe da entidade. O futebol recebia parte do leão e as migalhas eram distribuídas aos demais esportes. No campeonato Infanto-juvenil de Santos, em 1955, teve início o movimento de emancipação, que aconteceu com a fundação da Confederação Brasileira de Tênis no dia 19 de novembro de 1955. O "Diário Oficial" publicou no dia 8 de março de 1956 o Decreto de Nº 38.759 do presidente Juscelino Kubitschek sobre a criação da nova entidade. O primeiro presidente foi Leoberto Leal. Nessa metade de século, surge uma terceira força no tênis brasileiro junto com os paulistas e cariocas: os gaúchos.

O tênis voltou a ser um esporte olímpico a partir da Olimpíada de Seul, em 1988. A última medalha de ouro olímpica havia sido colocada no peito do norte-americano Vincent Richards, nos longínquos Jogos de 1924, em Paris. Como amador, o tênis esteve em Atenas/1896, Paris/1900, St.Louis/1904, Londres/1908, Estocolmo/1912, Antuérpia/1920, Paris/1924, como esporte-demonstração participou do México/1968 e Los Angeles/1984.

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