Dinamização mental

"Quando o teu conhecimento se libertar de qualquer ilusão, então compreenderás a verdade daquilo que ouviste e ainda ouvirás, e te possuirás a ti mesmo imperturbavelmente. Anuviu-se a tua mente e dúvidas se apoderaram de ti; quando deste ouvidos a opiniões contraditórias; quando ela se tornar pura, iluminada e firmemente estabalecida no EU, então atingirás a tua auto realização. Quando alguém permanece calmo e sereno no meio de sofrimentos, quando não espera receber do mundo objetivo permanete felicidade e quando é livre de apego, medo e ódio - então é ele um homem de perfeita sabedoria. Quando não é apegado a um e indiferente a outro; enquanto não se alegra em excesso com o que é agradável, nem se entristece excessivamente com o que é desagradável - então é ele um homem de perfeita sabedoria. Portanto o sábio não se entristece com nada, nem por causa dos mortos, nem por causa dos vivos. Quando os sentidos estão identificados com objetos sensórios, experimentam sensações de calor e de frio, de prazer e de sofrimento - estas coisas vêm e vão; são temporárias por sua própria natureza. Suporta-as com paciência! Mas quem permanece sereno e impertubável no meio de prazer e sofrimento, somente esse é que atinge imortalidade. O que é irreal (ex: amor) não existe, e o que é real nunca deixa de existir. Os videntes da Verdade compreendem a íntima natureza tanto disto como daquilo, q diferença entre o Ser e o parecer. A essencia não pode parecer, nem morre ainda que as formas pareçam. Quem pensa sempre em objetos sensórios apega-se a eles. Desse apego nasce o prazer e o prazer gera inquietação. A inquietação produz ilusão; a ilusão destrói a nitidez da discriminação, esquece-se o homem da sua natureza espiritual - e com isto vai rumo ao abismo. Mas o homem que possui domínio sobre o mundo dos sentidos e da mente, sem odiar nada nem se apegar a nada, orientado pelo Eu central, esse encontra a paz. Essa paz neutraliza todas as inquietações, e o homem que goza de paz, goza verdadeira beatitude - e acaba por superar também os males externos. Homem de perfeita sabedoria é aquele que possui perfeito domínio sobre seus sentidos com relação aos objetos sensórios. "

domingo, 22 de agosto de 2010

Espanhol conta o que viveu em cativeiro russo

“Embajador em el infierno” é o título de um livro publicado em 1955, em Madrid, escrito a quatro mãos pelo capitão do Exército espanhol Teodoro Palacios Cueto e pelo jornalista, escritor e nobre madrilenho Torcuato Luca de Tena. Foi sucesso à época e vencedor do Prêmio Nacional de Literatura da Espanha. É a história dos 11 anos de cativeiro do capitão Palacios na União Soviética, desde sua captura em fevereiro de 1943, numa ofensiva russa perto de Leningrado, até sua repatriação, em março de 1954. Ele fazia parte da célebre Divisão Azul, força espanhola cedida por Franco a Hitler, quando da Operação Barba-Roxa, a invasão nazista da União Soviética.

Condenado a 25 anos de prisão por um tribunal soviético, como quase todos os prisioneiros de guerra feitos pelos russos em seu território, Palacios passou por 13 campos de prisioneiros, antes de ser devolvido à Espanha, na esteira do diálogo aberto por Kruchev após a morte de Stalin.

Além de lançar luz sobre um tema obscuro, o destino dos prisioneiros feitos pelos russos na 2ª Guerra, o livro mostra alguns aspectos da vida atrás da Cortina de Ferro. Um exemplo: o número de presos nos cárceres de Stalin, estimado por Palacios em suas andanças de prisão para prisão, e em conversas com prisioneiros russos (muitos deles garotos de até 11 anos) com que conviveu: 37 milhões, aproximadamente (nem a KGB tinha o número exato). Se abatermos desse total os 6 milhões de estrangeiros, prisioneiros de guerra, restavam mais de 30 milhões de cidadãos soviéticos (15% da população).

E quem eram eles? Palacios fala em três categorias: 1) Prisioneiros políticos, ou seja todos os que caíram na malha policial pelo que era chamado “desviacionismo”, algo que poderia significar qualquer coisa, desde uma conspiração pelo poder, até uma palavra mal posta numa conversa com um vizinho, denunciada por um olheiro do regime. Ou pertencer a alguma minoria (ser judeu, por exemplo) de que Stalin desconfiasse. 2) Bandidos (os blatnois) que agiam na enormidade geográfica da URSS, assaltando vilarejos, roubando gado. Segundo Palacios, eram numerosíssimos, graças às florestas e montanhas presentes na imensidão russa. 3)Os guerrilheiros políticos (os banderas) ainda existentes, na década de 1950, principalmente na Ucrânia e Bielorússia, apesar da enorme máquina repressiva de Stalin. Algo que Palacios afirma — e que era uma novidade à época — é o abismo entre a miséria da população e a riqueza da URSS. As obras suntuosas — como o metrô de Moscou — contrastavam com a falta de infraestrutura (energia, água tratada, esgoto) e de comodidades modernas (como geladeiras e outros eletrodomésticos), algo já banalizado no Ocidente na década de 1950. As enormes fábricas eram de material bélico, principalmente.

Outro aspecto que chamou a atenção de Palacios foi o da produtividade no campo. A despeito das terras fertilíssimas, desde Lênin, a URSS nunca conseguiu produzir alimentos na quantidade suficiente para alimentar seu próprio povo, sendo constantes as crises de fome, com milhões de vítimas. O completo desprezo pelos direitos e sentimentos individuais, era espantoso, para os padrões de qualquer ocidental.

Palacios, trabalhando em uma colheita de grãos, conheceu um grupo de jovens russas, que faziam o mesmo trabalho, perto de Vladmir, a leste de Moscou. Contaram a ele que pertenciam a um grupo treinado na guerra como motoristas de caminhão, 30 no total, para ali enviadas desde Odessa, 2 mil quilômetros ao sul, para dirigir os veículos de uma cooperativa agrícola.

Lá chegando, viram que, por um desses enganos da pesada e ineficiente burocracia soviética, outros motoristas já haviam ocupado as vagas. Foram então designadas para trabalhar como lavradoras. Por quanto tempo? Quis saber Palacios. Não sabiam. Talvez por toda a vida. Separadas das famílias? Sim. Quando poderiam rever os pais, irmãos, parentes? Não faziam a mínima ideia. Talvez nunca. Não acreditaram nele, quando disse que na Espanha cada um era livre para escolher o trabalho que melhor combinasse com sua vocação, e a cidade onde morar. Menos ainda quando ele disse que uma jovem espanhola poderia ter seu próprio carro e viajar para onde quisesse. Mas, e o “propus” (salvo-conduto)? Queriam saber. Não há salvo-conduto para viajar pela Espanha, explicou para as moças incrédulas, que respondiam: “— Mentira! Propaganda capitalista!”.

Palacios, na prisão,nunca se dobrou aos russos. Milagre ter sobrevivido.

O descaso com as plataformas

A situação de descaso com a manutenção das plataformas da Petrobrás motivou os sindicatos petroleiros. Nem eles estão satisfeitos com o baixo nível da administração dos “chefes” sindicalistas, catapultados para a diretoria da empresa. E com razão, pois o risco de acidentes é real, tanto assim que uma das plataformas, a P-33, foi interditada pela Agencia Nacional de Petróleo. Mas o problema existe também na P-21, na P-25, na P-31 e na P-35 (onde houve incêndio, dias atrás). Os sindicatos de Sergipe e Alagoas também acusam falta de manutenção em suas plataformas. A descapitalização da companhia é preocupante. A vasta propaganda de que a Petrobrás usa e abusa não é suficiente para enganar quem entende das coisas, no ramo acionário. O barulho que ela fez com seu lucro do ano passado, e o foguetório do pré-sal só impressionam eleitores pouco esclarecidos. Investidores gostam mesmo é de números (O maior especulador do mundo, George Soros vendeu, na semana passada, todas as suas ações da Petrobrás: 600 milhões de dólares). Monopolista, vendendo um dos combustíveis mais caros do mundo, a Petrobrás tem faturamento bem abaixo de congêneres pelo mundo. A Exxon, a Shell, a Chevron, a British Petroleum têm índices quase três vezes maiores, isto é, são quase três vezes mais eficientes. Ela só ganha das petroleiras russas Gaspron e Rosnet e da chinesa China NP, que ainda não se livraram de todo da ineficiente burocracia comunista. Com quase 80.000 funcionários, a Petrobrás faturou 92 bilhões de dólares no ano passado, e lucrou 16 bilhões. A Exxon, com 100.000 funcionários faturou 285 bilhões e lucrou 20 bilhões. A Exxon foi duas vezes e meia mais eficiente. Mas a Petrobrás foi relativamente mais lucrativa, diriam os petistas. Sim, mas vejamos o preço que o brasileiro paga pela gasolina e o que a Exxon cobra dos americanos. Não precisamos desestatizar a Petrobrás. Precisamos despetizá-la.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A carapuça me serviu

Por: Mariana Lourenço


Eu gostaria de ser POBRE somente UM DIA, por que ser POBRE todos os dias está muito complicado. Fico imaginando o dia a dia dos grandes empresários, candidatos ao senado, presidencia da republia, governo do estado e percebo que ainda somos realmente os pobres da história. Precisamos de grandes pessoas que aprendam como utilizar e administrar  a (arrecadação) imensa fortuna dos pobres brasileiros, e que parem de nos chamar de pobres. Pois se os nossos INVESTIMENTOS fossem revertidos em benefícios sociais seriamos tão iguais quanto a minoria rica, que tem outras oportunidades por causa do nosso dinheiro que é mal destribuído.

Se formos levar ao pé da letra os discursos e o dinheiro gasto numa camapnha política ficaríamos mais criticos com relação aos nossos candidatos. Eu vejo um certo progresso critico do tempo do voto do gabresco para hoje. Mas sinto que devemos amadurecer mais. Hoje li uma matéria que me fez pensar no porquê que até nós, comunicadores, deixamos passar certas palavras. Pobre é uma delas. Digo isso pelo fato da  palavra ser pejorativa. Trabalhei em uma capanha para prefeito que a candidata tinha o bom senso de dizer que a palavra povo é desagradavél para quem lê e para quem fala.

Na matéria a palavra pobre está no título sem o menor escrúpulo. Penso que quem menos podería continuar fazendo campanha com este discurso para pobre é o presidente. Por que o presidente era quem deveria extinguir a pobreza do país, para quem sabe, os maiores problemas desaparecerem. Cá pra nós, pobre é o maior problema que existe. Vamos combinar, pobre não tem condição para ter um plano de saúde, ou seja, depende da boa vontade do governo, mas o governo tem dinheiro para ir a um bom médico, portanto, ser pobre é um grande problema.   

Mas temos muita sorte, porque nós pobres estamos precisando de candidatos (trabalhadores) que não achem que estão presntando serviço para pobre, na realidade eles são nossos funcionários, não podemos deixar eles acharem que são donos do nosso dinheiro. Tomemos as rédias desta grande máquina que gira porque nós, maioria, existimos nela. Vamos gerir pessoalmente nosso dinheiro, porque pagamos muitos impostos, prova disso é o balanço divulgado pela Receita Federal que mostra que a arrecadação brasileira teve alta de 10,8%, recorde para julho deste ano. Na realidade somos nós, maioria pobre segundo eles, que somos empresários, senadores, governadores, prefeitos, secretários e presidentes. A minoria apenas nos representa e administra, muito mal por sinal, nosso dinheiro.

Espero que você não se ofenda como eu fiquei por ser, realmente, pobre segundo o nosso caro presidente Luis Inácio Lula da Silva e demais candidatos. Espero também que nós, companheiros e companheiras, cobremos e fiscalizemos a postura dos nossos trabalhadores na republica, para que possamos começar a desfrutar as nossas riquezas.

" Lula vai apresentar Dilma na TV como 'mãe' dos pobres "


http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=25228560

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ecologia e Missão

Por: Mariana Lourenço


A palavra ecologia pertence hoje ao vocabulário comum. Forjado o termo no fim do século XIX, veio lentamente ganhando cidadania até os dias atuais. Bela origem grega. Compõe-se de casa e ciência racional, de moradia e linguagem. Unimos duas experiências. Diante de nós está a casa em que moramos: o planeta Terra. Já não como simples animais que ocupam, voltamos para ela a nossa capacidade de pensar, de criar linguagem, de racionar, e então temos a ecologia.
A Terra e a razão permitem produzir inúmeros discursos e lucubrações. A Terra entra-nos pelos olhos. Nela moramos. É nossa casa. Um primeiro dever da razão nos impõe cuidar desse ambiente: ecologia ambiental. A etimologia de ambiente sugere sermos seres que giram em torno de sua moradia. E a observam cada dia.
Imaginemos morar num pequeno sítio. Cada manhã saímos e damos uma volta. Alegramo-nos com o florir das rosas, com o nascer das plantações, com os frutos sazonados, com a luzidia saúde dos animais. Enfim, circulamos pela nossa casa.
Pensemos o contrário. Cada manhã surpreende-nos algum desastre. As formigas acabaram com o roseiral, a seca matou as plantações, as pragas liquidaram com as frutas, as doenças mataram os animais. Quem ficaria então tranquilo, esperando que tudo morresse e depois viessa a miséria?
Ampliemos o quintal. Chamemo-lo de Terra. A ecologia ambiental nasce desses passeios, já não por um pequeno jardim, mas por todo o planeta. O ambiente desfigura-se. A qualidade de vida se degrada. Destroem-se espécies de plantas e animais, ameaçando a biodiversidade. Numa palavra, o ambiente que nos circunda se deteriora a ponto de ameaçar a vida da humanidade. Então surge o grande grito: salvemos o ambiente para que vivamos! Ecologia ambiental.